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Celebração de Casamento
Celebração de Casamento

Ritual de Casamento no Hellenismos:

 

Solicitações:
• Apenas um único sacerdote ou sacerdotisa deverá presidir a cerimônia;
• Um altar;
• Coroas de flores para o altar;
• Dois pares de tochas (um par para cada procissão nupcial ao altar);
• Uma cesta de pétalas de flores e grãos para as damas de honra (kanyphoros);
• Mel e nozes (para serem oferecidos à mãe do noivo ou outra mulher designada para atuar nessa função);
• Dois pequenos rolos de pão de todos-os-grãos (carregados pelo Paranymphos);
• Um tripode de sacrifício para o fogo do altar;
• Um galho fino e inflamável;
• Uma vasilha com água;
• Um cacho do cabelo da noiva;
• Libação e vasilha para libação (e pequenos jarros para despejar as libações);
• Uma fita dourada.

Cerimônia:
Entrada – O sacerdote/sacerdotisa fica de pé em frente do altar decorado de flores. A noiva e o noivo juntos, com seus cortejos separados, prosseguem na direção do altar de direções opostas. A procissão da noiva é conduzida por um tocador de flauta seguido por um par de carregadores de tocha depois dos quais caminha uma jovem garota carregando um cesto de pétalas de flores e grãos. A noiva caminha atrás da jovem garota, escoltada por seu pai ou outro amigo do sexo masculino ou membro da família que for escolhido para escoltar a noiva. A procissão do noivo é conduzida por dois carregadores de tocha seguidos pelo noivo e o Paranymphos (padrinho). Quando a procissão alcançava o altar, todos estavam organizados de forma a ficarem de frente para o altar, com o sacerdote/sacerdotisa e o paraninfo no centro. À direita do paraninfo está a noiva com seu par de carregadores de tocha, o flautista e a jovem garota com o cesto, afastados em um canto discreto.

Abertura – O sacerdote ou sacerdotisa acende o fogo do altar e chama os deuses:
"Venham, deuses ancestrais, deuses dos helênicos; Nós chamamos Hymeas; Aproxime-se de nós com um propósito em comum; Ilustres imortais, entrem em comunhão conosco; Através do fogo e do Submundo; Da água e do ar e do Olimpo."
O sacerdote/sacerdotisa acende o ramo inflamável do fogo do altar e extingue as flamas do galho na tigela de água, criando assim a água sagrada.

'Progamia' ou 'Protelia'
A noiva pega um cacho de seu cabelo e coloca no altar. A noiva e o noivo simbolicamente lavam seus rostos com a água sagrada. A noiva agora faz uma prece à deusa Ártemis e às Moiras (Destinos):
"Ouça-me, famosa filha de Zeus; A que vaga pela noite, a nutridora; Deusa modesta e ilustre; Virgem acessível, venerável rainha de tudo, espírito que cuida das crianças; Amiga das jovens e das virgens; Tu, a que porta a luz; Tu, que és a pura; Ouçam-me também as renomadas Moiras do ar; Celestiais filhas da Noite fecunda; Veneráveis provedoras da Prudência e Esperança; Invisíveis e inalteráveis deusas; Ouçam-me e venham até mim com benevolência e de bom humor; Mantenham a tristeza e o pesar bem longe."
[ Hino a Ártemis ]

A mãe do noivo oferece mel e nozes à noiva. Os convidados reunidos gritam “Abençoada, abençoada, abençoada!” ou, em grego antigo (Makaria,Makaria, Makaria). O paraninfo oferece os dois pães de todos-os-grãos à noiva e noivo. O sacerdote/sacerdotisa faz uma prece a Hera e Zeus:
"Imortal e muito honrado Zeus, rei portador do cetro; Começo de tudo; Tu que trazes o crescimento e a ordem; Guardião multi-formado da vida mortal; e Hera, rainha de tudo, deusa abençoada, a mais alta, a nutridora de almas; Senhora das noivas, entre em comunhão conosco e aceite estas ofertas; Conceda o conforto, a felicidade e uma vida próspera a teus adoradores, assim como a esta noiva e noivo conceda a completa paz, saúde e fidelidade."
[ Hino a Zeus e Hera ]

A noiva e noivo oferecem os pães no altar. O sacerdote ou sacerdotisa amarra os pulsos da noiva e do noivo juntos com a fita dourada e diz a bênção:
"Possam os deuses ser os protetores fixos da sua vida de casados; Possa a vida de vocês ser feliz, com bondade e paz; E possa cada um de vocês ter aquilo que possam desejar."
Flores e grãos do cesto são passados entre os convidados. O casal, junto com o paraninfo, circula na frente dos convidados que arremessam neles as pétalas e grãos. Enquanto circula com a noiva e o noivo, o Paranymphos grita:
"Sejam prósperos, sejam prósperos, sejam prósperos!" (Ou, em grego antigo, 'evthemones' x 3 – que se pronuncia ‘ev-the-mon-es’.)
Esse grito é repetido pelos convidados.

Quando retornam ao altar, o casal recita o Hino às deusas Afrodite e Peitho (Persuasão). A recitação deste hino pode ser acompanhada pela flauta:
Noiva: Mãe celeste, nascida do mar;
Noivo: Decoradora de noivas, espírito de muitas aparências;
Noiva: Noturna, astuta rainha;
Noivo: Muito desejada, a que subordina, mãe do destino (Moiragetis);
Noiva: Sagrada mãe da Necessidade (Anankê) e do Amor (Eros);
Noivo: Adoradora de homens, deusa, eterna de Chipre;
Noiva: Grande deusa Peitho, amiga e guia dos mortais;
Noivo: Modesta e doce, de ti se erguem todos os costumes e tradições;
Noiva: Mutável, criativa, fortaleza de sabedoria;
Noivo: Portadora de saúde, benevolente padroeira de todos;
Noiva: Venham para nossas vidas, Abençoadas;
Noivo: Campeãs invisíveis de nossos lares;
Noiva: Gentil e serena graça;
Noivo: Que traz bênçãos e presentes;
Noiva: A vida é suportada por vós;
Noivo: Vós sois benevolentes aos mortais.
[ Hino a Afrodite e Peitho ]

Uma libação é vertida (de óleos perfumados). A noiva agora recita o Hino à Deusa Héstia.
"Héstia, rainha, filha do todo-poderoso Cronos; Tu, a magnífica detentora do fogo eterno do lar central; Eleve os sagrados iniciados em suas cerimônias; Torne-os sempre vicejantes; Feliz, contente e pura; Ó habitação dos deuses abençoados, suporte estável dos mortais; Perpétua, de muitas formas, muito desejada, radiante, sorridente, abençoada; Aceite estes sacrifícios de boa vontade; Inspire-nos com felicidade e saúde gentil."
[ Hino a Héstia ]

Insira questões legais que forem solicitadas aqui. A noiva e o noivo ficam de pé juntos e fazem a seguinte declaração, também juntos:

Declaração:
“Na presença dos deuses e de nossos ancestrais, eu …………………………… e eu …………………………… fazemos uma declaração de honra; de viver uma vida de concordância, amizade, respeito mútuo e devoção um ao outro; Como companheiros e amantes em um corpo, uma alma, um lar; Até que Thanatos (a morte) venha nos separar.”

O sacerdote ou sacerdotisa declara o casal legalmente casado e os papéis necessários são assinados e testemunhados.

Depois que os papéis forem assinados, o sacerdote/sacerdotisa fica de pé diante do altar para o fechamento:

"Saudações aos Abençoados; Saudações aos Eternos Deuses Ancestrais; Estendam vossa Luz Sagrada sobre seus devotos adoradores; A fim de dispersar todo o sofrimento, doença e desastres; Até o fim da terra."

O sacerdote/sacerdotisa então declara a cerimônia encerrada.

 

Homosexualidade na Grécia antiga (Sem preconceito)

 

O Amor Entre o Mesmo Sexo na Grécia Antiga
Os antigos helenos não identificavam ou categorizavam as pessoas de acordo com suas preferências sexuais como acontece no conceito comum da sociedade contemporânea. Não havia termos de auto-identificação para denotar as diferenças entre pessoas heterossexuais ou homossexuais. A moralidade e as leis relativas às práticas sexuais dos antigos helenos variavam de região a região e de tribo a tribo. Em geral, entre as classes mais ricas, o costume de homens que amavam outros homens ou jovens era bem firmemente estabelecido, assim como a afeição de uma mulher por outra era também considerada como uma prática aceitável. Embora certas figuras históricas masculinas tenham sido notadas como tendo uma devotada preferência sexual por outros homens, isso era mais a exceção do que a regra geral. Para a maioria, a preferência por um gênero não tinha reais conseqüências e não era um fator importante no amor romântico (Eros) ou na prática sexual.

“O nobre amante da beleza se engaja no amor onde quer que ele veja excelência e dotes naturais esplêndidos, sem considerar qualquer diferença em detalhes fisiológicos.” (Plutarco, ‘Erotikos – Um Diálogo de Amor’.)

Amor entre Homens
Na antiga Atenas, os relacionamentos entre homens eram bastante comuns, embora mais casuais do que os arranjos formais de Esparta, Creta e Tebas. O mais velho dos dois homens era chamado de erastes (amante) enquanto o mais jovem era referido como sendo o eromenes (amado). Como o julgamento politicamente crucial de Timarchos em 346/5 A.E.C ilustra, havia leis específicas para proteger os jovens homens (em tais relacionamentos) da violência e exploração, e qualquer um que fosse culpado na acusação de tratar seus eromenes impropriamente seria processado por hybris (desonra, insulto) e seria proibido de manter ofício público. Os helenos foram os primeiros a estabelecer a pederastia como uma instituição e as leis relativas à pederastia na antiga Atenas parecem ter sido introduzidas por Sólon. Nas polis principais de Tebas, Beócia, os legisladores instituíram a pederastia como um artifício educacional para jovens, e Xenofonte declara que os homens poderiam viver juntos na Beócia como um casal casado. O mito pederasta beócio de Narciso de Thespeia, em sua forma arcaica, era um conto preventivo que advertia os jovens homens a não tratar seus amantes com crueldade. Na ilha de Creta, a pederastia parece ter tido origens míticas datando da época do Rei Minos, que, de acordo com Aristóteles, usava a pederastia como meio de controlar a população da ilha. A prática cretense de um homem tomando um jovem amante era bastante elaborada e ritualizada. O ritual que começava o relacionamento deles foi registrado por Strabo e creditado a Ephorus.

Os cretenses tinham um costume único relativo a convenções eróticas. Eles não ganhavam os objetos de seu amor por persuasão, mas sim por abdução. O amante avisava os amigos e família do jovem três ou mais dias antes do dia em que ele planejava abduzi-lo. Para eles, esconder o garoto ou não permitir que ele prossiga pelo caminho ordenado era extremamente vergonhoso, uma vez que eles estariam na verdade publicamente admitindo que o garoto não era digno de obter tal amante. Quando as festas começavam, desde que o abdutor fosse de igual ou superior ao jovem, em distinção/classe ou em outras circunstâncias, os amigos e família do garoto faziam uma demonstração meramente simbólica de resistência e perseguiam o abdutor, para cumprir assim o que a convenção requeria antes de eles alegremente permitirem que ele levasse o jovem embora.

Mas, no caso oposto, se o abdutor não fosse uma pessoa de posição social adequada, eles tirariam o jovem dele. O limite da perseguição é o ponto em que o garoto é conduzido até o Andreium ("casa dos homens") do abdutor. Os jovens mais desejados, de acordo com as convenções de Creta, não são os excepcionalmente lindos, mas sim aqueles que se distinguem por sua coragem viril e comportamento ordeiro. O amante dá presentes ao jovem e o leva embora para algum lugar nos campos ao redor da polis, que ele escolhe. As pessoas presentes na abdução os acompanham e passam dois meses banqueteando e caçando junto a eles (pois não é permitido deter o garoto por mais tempo do que isso), depois eles descem novamente para a cidade. O jovem é enviado para casa com presentes os quais consistem de um traje militar, um boi e uma taça (esses são presentes prescritos por convenção), e além desses muitos outros presentes caros – tão caros que os amigos contribuem cada um com sua parte a fim de diminuir a despesa. O jovem sacrifica o boi a Zeus e dá um banquete a aqueles que foram com ele para as montanhas. Ele então declara, com relação a seu relacionamento com seu amante, se ele aconteceu com seu consentimento ou não; a convenção encoraja isso a fim de que, se qualquer violência for usada contra ele na abdução, ele pode restituir sua honra e terminar com o relacionamento. Para aqueles que são lindos e têm ilustres ancestrais, não ter amantes é desonroso/vergonhoso, uma vez que sua rejeição seria atribuída ao seu mau caráter. Os parastathentes ('que ficam de guarda', significando 'camaradas em batalha e em vida') — pois é esse o termo que usam para aqueles que são abduzidos — desfrutam de certas honras: nas danças corais e nas corridas eles têm os lugares mais honrados; a eles é permitido usar as vestes presenteadas a eles por seus amantes, as quais os distinguem das outras pessoas; e não apenas na tal época, mas na idade madura, eles aparecem em um traje distinto, pelo qual cada indivíduo é conhecido como sendo kleinos ("famoso"); kleinos é o termo equivalente deles para eromenos ("amado") e philetor ("que faz amigos") é o termo para erastes ("amante").

Descobertas arqueológicas em Kato Syme, em um rústico santuário a Hermes e Afrodite no Monte Dikte (local de nascimento do Zeus cretense), aparecem para confirmar o relatório de Strabo de sacrifícios rituais e ofertas feitas pelo kleinos. Escavações descobriram os restos de sacrifícios animais junto com ofertas votivas de bronze retratando dois homens juntos.

A prática espartana de pederastia parece ter sido derivada dos dóricos de Creta e era uma parte integral da agoge, a estrutura educacional da cultura espartana. O mais velho dos dois homens era chamado de eispnelos (inspirador) e o mais jovem que receberia a educação era chamado de aïtas (ouvinte). Era função do inspirador a de instilar a coragem como uma arête (virtude) em seu ouvinte.

Deve ser notado que relatos de relacionamentos entre homens na forma da instituição educacional da pederastia e em outras formas de amizade homoerótica eram muito difundidos. As regiões mencionadas acima não são de forma alguma casos isolados e só foram selecionadas para inclusão específica devido às referências diretas antigas relativas aos costumes e práticas desses homens e seus estilos de vida. Com as referências registradas nos principais centros de pederastia também em outras regiões, a falta de diferenciação entre heterossexualidade e homossexualidade torna tais distinções difíceis de discernir.

Amor entre Mulheres
"E embora esse tipo de amor [a pederastia] fosse tão aprovado entre eles que as mais virtuosas matronas fariam confissões/declarações desse amor às jovens garotas, e ainda a rivalidade não existisse…" (Plutarco)

Há algumas poucas referências a relacionamentos eróticos entre mulheres na Grécia antiga e isso é certamente devido ao fato de que mal havia vozes femininas antigas que foram registradas e preservadas para a posteridade. Uma extensão de estudiosos modernos esboçou paralelos entre o estabelecimento da tradição da pederastia entre os homens e a tutela de Safo com jovens mulheres, baseando-se em certas referências antigas assim como interpretações de fragmentos selecionados de sua poesia.

“O que mais era o amor da mulher de Lesbos senão a arte do amor de Sócrates? Pois eles parecem ter praticado o amor cada um da sua própria forma, ela o das mulheres e ele o dos homens. Ambos amaram muito e ficaram cativados por todas as coisas lindas. O que Alcibíades e Charmides e Fedro eram para ele, Gyrinna e Atthis e Anactoria eram para Safo.” (Maximus de Tyre, filósofo do século III.)

Dessas associações comuns modernas da paixão de Safo por mulheres, o termo ‘lésbica’ se tornou um nome para descrever um homo-erotismo feminino junto com o seu sinônimo de ‘amor sáfico’. Safo se tornou um ícone moderno para a paixão feminina e, no mundo contemporâneo, as mulheres viajam por todo o mundo em uma peregrinação anual para visitar o lugar de nascimento dela em Erresos, na ilha de Lesbos, para celebrar a liberdade de seu fervor expressivo por outras mulheres.

Outra fonte antiga que se acredita registrar a prática de pederastia feminina é Alcman, um poeta coral lírico helênico de Esparta. Aristóteles observa que Alcman foi trazido para Esparta como escravo, mas ganhou sua liberdade devido a seu talento como poeta lírico. Embora a maioria dos poemas de Alcman não tenha sobrevivido à passage do tempo, a descoberta de 1855 de um papiro de seu Partheneion, uma canção coral de mulheres não-casadas, foi considerada como sendo a prova da prática simultânea da pederastia feminina em Esparta. Certos estudiosos acreditam que o Partheneion ilustra os relacionamentos homo-sociais e homo-eróticos que existiam entre as garotas de um coral e a regente delas.

“Pois a abundância de púrpura não é o suficiente para a proteção, nem serpents intrincadas de sólido ouro, não, nem fita de cabelo da Lídia, orgulho das garotas de olhos escuros, nem o cabelo de Nanno, nem mesmo os divines Areta ou Thylacis e Cleësithera; nem irão vocês até a casa de Aenesimbrota dizer 'se apenas Astaphis fosse minha, se apenas Philylla olhasse na minha direção e Damareta e a amável Ianthemis'; não, Hagesichora [a regente do coro] me guarda.” “Eu estava para ver se, por alguma chance, ela iria me amar. Se apenas ela chegasse mais perto e tomasse minha mão macia, imediatamente eu me tornaria sua suplicante.”

É importante notar que, das poucas referências diretas com relação à pederastia feminina que pratica o ‘amor sáfico’ no mundo antigo, parece que ela foi muito mais casual do que os arranjos formais dos homens. Talvez seja essa a razão para a falta de material fonte derivando da antiga Grécia assim como a falta de evidência indicando qualquer vestígio de um ritual de compromisso entre duas mulheres. Os únicos comentários sobre relacionamentos de mulheres foram feitos por autores masculinos, que estão muito longe e retirados da experiência feminina. Suas referências são mais acuradamente definidas como representações de mulheres nos meios íntimos e sociais do que verdadeiros relatos da vida feminina. Os relacionamentos entre mulheres são apenas associadas com a forma de pederastia dentro do contexto de Safo e dos fragmentos de Alcman. Por causa da aceitação geral do amor entre membros do mesmo sexo, representações de relacionamentos entre mulheres não eram distinguidas dentro de seus próprios termos por definições tais como homo-sociais ou homo-eróticas. Aplicar essas distinções modernas entre relacionamentos homo-sociais e homo-eróticos às mulheres helênicas antigas é extremamente difícil, devido à ausência de autoras reais detalhando um relato de vida feminina no mundo antigo.

 


(Fonte: Site - RHB)

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